19 de maio de 2023
Publicado por Por Dra. Elizete G. Rocha Pimentel
A doença celíaca atinge 1% da população mundial e 2 milhões de brasileiros de acordo com pesquisas da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, FENACELBRA.
DOENÇA CELÍACA
Existe uma proteína presente no glúten, que se encontra nos cereais, como por exemplo, o trigo, a aveia, o centeio, o malte e a cevada, que pode causar, em indivíduos geneticamente predispostos, uma reação exagerada no sistema de defesa nas células da mucosa intestinal. Esta é uma condição autoimune, onde existe o ataque do sistema imunológico aos próprios tecidos do corpo, principalmente o intestino delgado.
INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN
Também conhecida como sensibilidade ao glúten não celíaca, é como se fosse uma alergia, que causa uma dificuldade na digestão do glúten. Também existe uma resposta do sistema imunológico, que quando entra em contato com as proteínas do glúten as confunde com um invasor.
É a intolerância alimentar mais frequente no mundo. Os sinais e sintomas das duas condições são bem semelhantes, porém na doença celíaca, em geral são mais severos e tendem a piorar com o tempo de doença, caso não seja feito o tratamento medicamentoso correto e a retirada total do glúten da alimentação do indivíduo portador desta condição.
Os sintomas mais comuns das duas condições são: dor abdominal, sensação de “barriga estufada” devido ao excesso de gases, diarreia (ou menos comumente constipação) e enxaqueca.
Continuação da legenda: Já na doença celíaca, além dos sintomas serem mais proeminentes e piorarem a gravidade com o tempo de doença, os pacientes também podem apresentar vômitos, irritabilidade, tontura, desmaios, fadiga, dores nas articulações, anemia, emagrecimento, osteoporose e ainda manifestações na pele, como manchas e coceiras. Outras complicações mais complexas poderão surgir na doença celíaca, devido a não absorção ou má absorção de outros nutrientes, caso a doença não seja tratada, pois ao longo do tempo ocorrem modificações na superfície de absorção do intestino.
O diagnóstico da doença celíaca é feito através de exames de sangue (sorológicos e genéticos) e até biópsia intestinal.
Não existe cura para a doença, mas uma alimentação correta, orientada por nutricionista e acompanhamento com especialista, podem garantir um maior conforto e melhores condições de saúde para os celíacos. Já para diagnosticar intolerância ao glúten, ainda não existe um exame específico. Sendo assim, a forma mais eficaz de identificar a intolerância é através da observação da própria alimentação.
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